Dica de Leitura: Aposentadoria, valorização, depreciação e encargos sociais: o que uma coisa tem a ver com a outra?

O consultor Wilson Giglio fala neste artigo sobre aposentadoria e como ela está diretamente ligada a outros pontos presentes na rotina do empresário

Dica de Leitura: Aposentadoria, valorização, depreciação e encargos sociais: o que uma coisa tem a ver com a outra?

Por Wilson Giglio

No dia 24 de outubro, completei 65 anos e com essa idade já posso pedir minha aposentadoria ao INSS. Não, não significa que vou me aposentar mesmo, ou parar de trabalhar ou de compartilhar meus conhecimentos, afinal quero deixar tudo o que sei para quem quiser aprender, ou mesmo, se aperfeiçoar mais um pouco.

Comecei a trabalhar aos 7 anos, aos 14 anos tive o primeiro registro em carteira, e trabalhei até os 35 anos como colaborador em diversas empresas, inclusive 3 multinacionais e consegui, graças a Deus, chegar na posição de Diretor Geral em 4 empresas.

São, pelo menos, 50 anos dedicados à área administrativa e financeira, gestão de empresas e acabei me especializando em diversos setores, principalmente contábil e custos, mas hoje conheço bem toda a empresa, principalmente indústrias, seja qual for a forma de tributação e de qualquer ramo de atividade, sem deixar nenhum setor fora. Talvez por isso é que, desde 1990, tenho tido sucesso em minhas consultorias, em todo o Brasil e no Exterior, já foram 750 empresas que atendi, sendo 33 do ramo de comunicação visual.

Tenho imenso orgulho e satisfação de tudo o que conquistei nestes anos, principalmente os amigos que perduram até hoje, e o sucesso alcançado nestas empresas me dá a certeza de que estou no caminho certo. Bom, o que quero dizer, na verdade, é que consegui construir algo nestes anos, e agora posso ter o prazer de aproveitar este momento, investi muito nesta aposentadoria e estou tranquilo para prosseguir trabalhando por mais alguns anos.

Mas isso só foi possível porque pensei e tomei a atitude de fazer com que isso acontecesse, ao contrário da maioria dos empresários que conheci até hoje. Quando os conheci nenhum pensava em fazer um plano de aposentadoria ou mesmo de pagar o INSS como empresário ou de incluir um pró-labore em sua guia de recolhimento do inss. Não obstante também não pensavam em pagar um VGBL ou PGBL ou fazer uma aplicação financeira (qualquer que fosse) para garantir a aposentadoria. A verdade é que ninguém pensa nisso, incrível né?

Eu sempre me preocupei com isso, não para ter uma grana boa no final da vida, mas, principalmente, foi para deixar bem a minha esposa e filhos se eu fosse primeiro, para outro plano. A preocupação sempre foi com eles, minha família. Lógico que se eu puder aproveitar um pouco também é bom, viajar, conhecer lugares novos, viver com mais tranquilidade, isso é bom, graças a Deus. E neste ponto eu pergunto: o que você está fazendo para a sua aposentadoria? Não pense que, como empresário, seu sucesso e sua empresa vão viver ou sobreviver para sua esposa, filhos e netos, tomara que isso aconteça, mas e se não acontecer? Que plano B ou C você tem?

Vou dar um exemplo simples: quando você compra um carro imediatamente já começa a depreciação do mesmo, ou seja, a perda de valor de mercado. Com o passar dos anos o valor não será o mesmo, concorda? Me diz mais uma coisa: essa depreciação, de acordo com a Lei é de 20% ao ano, e deve ser INCORPORADA ao valor do custo dos produtos ou mercadorias ou serviços que você vende. Você faz isso? Calcula o valor da depreciação de todos os seus ativos fixos (da empresa) e insere uma parcela dos mesmos no cálculo do seu preço de venda?

Provavelmente não. Sei disso porque em 98% das empresas que já fiz consultoria nenhuma inseria este valor, ou seja, não pensava que dali há alguns anos teria que substituir ou comprar um novo ativo e que este valor deveria JÁ ESTAR DEVIDAMENTE COMPUTADO no valor das vendas e CORRETAMENTE APLICADO em uma conta em banco, seja qual for, com um rendimento mensal para não perder para a inflação.

Sim, o valor da depreciação MENSAL, inserida no valor da venda, deverá, mensalmente, ser DEPOSITADO EM UMA CONTA ESPECIAL, para que quando for necessário você possa trocar o bem depreciado e substituir por um novo, sem mexer no seu bolso.

Alguns bens, ao contrário da depreciação, têm sua valorização garantida, tais como: ouro, obras de arte, imóveis, diamantes e pedras preciosas. São bens que podemos investir sem medo ou grandes riscos, pois o retorno é quase sempre garantido.

Aposentadoria também é, em termos, uma aplicação financeira garantida, pense nisso como uma condição para uma vida melhor, quando chegar a hora de descansar um pouco mais e viver melhor com a sua família, sem grandes preocupações financeiras.

Tal qual a depreciação a maioria dos empresários também não insere os ENCARGOS SOCIAIS (sobre a sua folha de pagamento) nos seus custos operacionais e, portanto, não fazem parte integrante do valor de venda de seus produtos, mercadorias ou serviços. Outro erro comum. Este valor (encargos sociais) também deve ser depositado mensalmente em conta especial. O Empresário deve ser criterioso com relação a tudo isso.

Quem é que deve pagar pela depreciação, encargos sociais e sua aposentadoria (tirando este valor do seu lucro mensal): é o seu cliente, a pessoa ou empresa que compra o que você vende.

Até mesmo aqueles investimentos de valorização permanente devem ser pagos pelo seu cliente (neste caso o seu LUCRO é convertido nestes investimentos, quando possível).

O que uma coisa tem a ver com outra?

É o seu cliente que deve pagar por tudo isso, simples assim.

Todos estes valores (depreciação + encargos sociais / aposentadoria + investimento (tirados do seu lucro líquido) DEVEM FAZER PARTE INTEGRANTE DO SEU PREÇO DE VENDA, lógico que com o rateio de suas despesas operacionais + custo da matéria prima (ou mercadoria ou honorários) + custo de materiais auxiliares + consideração de eventuais perdas no processo de fabricação + impostos + comissões + BV (quando houver) + deslocamento + custo da mão de obra (de cada setor, com seu respectivo tempo de tarefas) + custo de instalações (quando houver: reembolso de quilometragem + hotel + refeições + pedágios + eventuais problemas que possam ocorrer) e uma boa previsão de perdas no caminho todo, até a entrega do produto (ou mercadoria ou serviço) final ao cliente, que responderá, em um formulário previamente preparado, a sua satisfação com todo o processo. Certo?

Fico à disposição para te explicar como fazer isso, que Deus te abençoe em tudo

Wilson Giglio
Consultor em Gestão Empresarial
Organizador de Empresas e Equipes
Skype: wilson.giglio1 / WhatsApp (recado): (11) 9.4447.4088

March 17-20, 2025
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