Aproveitando as Eleições para aumentar o faturamento com Impressão

No período em que partidos e candidatos aos cargos eletivos buscam se apresentar aos eleitores, uma das mais eficientes formas é através dos materiais impressos

Aproveitando as Eleições para aumentar o faturamento com Impressão

Eventos sazonais são relevantes para aumentar o faturamento das gráficas e o período eleitoral é um desses casos. Nesse período, os partidos e candidatos aos cargos eletivos buscam se apresentar aos eleitores e uma das mais eficientes formas é através dos materiais impressos.

O "santinho impresso”, também conhecido como colinha eleitoral, é item tradicional e fundamental para quem pretende se eleger. Porém, outros materiais impressos também são muito utilizados (bandeiras, cartazes, placas, informativos impressos, como jornais e revistas com as conquistas, trabalhos e plano de governo dos candidatos) e novas formas de adquirir estes materiais vêm sendo utilizadas.

Esse ano, com as questões da pandemia, alguns itens podem sofrer modificações. Um exemplo é a obrigatoriedade de ir votar usando máscara, que pode ser impressa fazendo alusão ao candidato. Isso também vale para camisetas, broches e outros itens, sempre reforçando que nesse caso o uso individual é permitido desde que não exista qualquer tipo de distribuição por parte da candidatura ou manifestação induzindo o voto de outras pessoas no dia da eleição.

Em todos os materiais, há muitas regras que os candidatos devem seguir, como inserção do CNPJ da gráfica que imprimiu e do candidato, sempre se atentando à legislação eleitoral vigente. Por mais que isso seja uma obrigação do candidato/partido, é importante que a gráfica esteja pronta para orientar e dar dicas caso o impresso venha com falhas. Nessas orientações, estão ainda imagens com boa resolução, texto com tamanho e fonte legíveis, o destaque do nome e número do candidato, entre outros pontos.

Em 2020, as Eleições acontecem no dia 15 de novembro e, nas cidades onde for necessário o segundo turno, dia 29 de novembro. Então, é preciso ficar de olho no que pode e no que não pode ser feito. O site do TSE apresenta todas as informações sobre Propaganda Eleitoral, com ajustes em nova resolução por conta da pandemia.

Aproveitamos ainda para divulgar a live e o eBook do site O Impressor, do Adriano Medeiros, que fez um material muito bem produzido sobre o tópico. Você pode fazer o download no site: https://oimpressor.com.br/guiaeleicoes2020/

Para tratar dos impressos eleitorais, conversamos também com duas empresas. A Gráfica Igil, com sede em Itu (SP) e 70 anos de história na área gráfica, e com a Printi, gigante no setor, criada em 2012 e com foco no Web2Print.

Entrevista com Hugo Rodrigues, CEO da Printi

Quais são os itens mais pedidos pelos candidatos, tanto na parte gráfica como na comunicação visual?

Hugo: Em geral, santinhos, flyers, folders, bandeiras, adesivos, pastas e cartões de visita são os produtos mais procurados em época de eleições.

Vocês atuam com o web-to-print. Como é o processo para informar o mercado (partidos/candidatos) dessa possibilidade?

Hugo: A Printi nasceu no ambiente digital e, por isso, utiliza diferentes tipos de anúncios por meio das redes sociais e sites de busca. Outra forma de atingir esse tipo de público é com o time de Inside Sales, que atende a clientes com demandas maiores – geralmente médias e grandes empresas. Seria nessa modalidade que um partido se encaixaria.

Há limitações/proibições no que pode ou não pode ser produzido e em como pode ou não ser produzido?

Hugo: Aqui na Printi, produzimos materiais para uma série de clientes, desde pizzarias a sex shops. A empresa está pronta para aproveitar sazonalidades como essa como oportunidade de negócio e não cabe à companhia fazer juízo de valor sobre o conteúdo. Além disso, vale ressaltar que a Printi segue a Legislação vigente a respeito do tema.

A gráfica chega a orientar quando vê falhas no material?

Hugo: Antes de enviar a arte para a produção, todos os arquivos passam pelo time de pré-impressão para verificar problemas técnicos como falta de sangria, quantidade de páginas diferente do que foi comprado, letras muito pequenas que dificultam o entendimento do texto, entre outros. Quando identificamos essas falhas, avisamos o cliente para que ele faça os ajustes utilizando o gabarito do produto e, caso o consumidor não tenha como fazer, oferecemos o serviço de montagem de arte a preços acessíveis.

É possível "fazer o diferente" no impresso eleitoral ou as normas são tão restritas que não há espaço para a criatividade?

Hugo: Considerando que as normas são mais densas por questões jurídicas e eleitorais, de fato, elas impedem que partidos ou candidatos utilizem outras técnicas para fazer com que o material seja mais "criativo". Neste caso, o melhor é criar de acordo com as regras e estar atento ao que pode ou não ser feito nos materiais. Vale reforçar que a Printi não exerce nenhuma responsabilidade sobre o conteúdo impresso e não trabalha em benefício de nenhuma sigla específica.

É possível utilizar das capacidades da impressão como acabamento especial e uso de dados variáveis? Isso vem sendo utilizado?

Hugo: Os acabamentos especiais são utilizados em produtos com tiragens menores, como pastas e cartões de visita. Já os tradicionais santinhos e flyers, por exemplo, são feitos com especificações mais básicas, pois acabamentos especiais aumentam consideravelmente o custo por conta das tiragens.

Sobre os dados variáveis, aqui na Printi, utilizamos essa modalidade somente dentro de uma plataforma especial chamada de Printi 4Business. É um "site personalizado" com os produtos que um cliente compra com frequência e suas respectivas artes. Assim, não há a preocupação com criação de arte e problemas com a identidade visual. A aplicação de dados variáveis é feita, por exemplo, em cartões de visita – para modificar nomes, números de telefone, e-mails e endereços - ou nos santinhos – trocando os nomes, as fotos e os números dos candidatos.

Entrevista com Graziani Guarnieri, Gerente de Pré Impressão da Igil, gráfica sediada em Itu/SP

Para poder imprimir materiais das Eleições, a gráfica precisa de alguma documentação específica?

Graziani: A gráfica apenas precisa ser uma empresa, não precisa se inscrever para participar das Eleições em nenhum local antes ou se cadastrar. Via de regra, os candidatos ou partidos procuram as gráficas. Cada candidato/partido tem a verba que é estipulada por lei para aplicar na propaganda.

O candidato vem e contrata o material que acha mais apropriado para ele, a gráfica faz a produção e nesses materiais têm que sair sempre CNPJ da empresa que fez, CNPJ do candidato ou partido, quantidade que foi produzida daquele material. Daí temos a nota fiscal que vai depois para a prestação de contas do candidato.

Não existe desconto de isenção de imposto para produção de material político, é um trabalho promocional, que visa a promoção do candidato. A prestação de contas da gráfica é normal, como com qualquer outro trabalho.

Existe algo que precisa ter ou o que não pode ter nos materiais?

Graziani: Há mudanças de Eleição para Eleição. Nas últimas, todos os materiais precisavam ter uma "legendinha" com todas as informações: CNPJ da empresa e candidato ou partido e a quantidade de material feito. Porém, a arte já vem pronta do candidato ou partido, isso não é responsabilidade da gráfica.

Caso esqueça de colocar as informações, torna-se responsabilidade do candidato, o que pode resultar em um problema na hora da prestação de contas. Quem tem que enquadrar o material com a legislação é o candidato ou partido e não a gráfica. Mas aqui na Igil sempre conferimos todo o material para evitar esse tipo de situação.

Quais os itens mais pedidos?

Graziani: O "santinho" e a "colinha" são os mais pedidos, mas quando você trabalha com o candidato, você consegue fazer peças maiores, como informativos com tudo que ele já realizou ou a proposta dele. Quando o partido que está comprando, ele foca mais na colinha, no santinho, que é feito para vários candidatos. São feitos em materiais simples com gramaturas baixas, que até falta no mercado na época de eleição. Muita coisa foi proibida durante os anos, como materiais mais caros, brindes que podem até configurar compra de voto atualmente, então o candidato ou partido só pode fazer o material de divulgação mesmo.

A tecnologia offset é a mais utilizada para este trabalho?

Graziani: A grande maioria é feita no offset, mas o papel couchê também é utilizado, não para colinha, mas às vezes vem um folheto com a foto e número do candidato e no verso tem todas as informações com o que ele já fez ou a sua proposta.

A partir de quando começam os pedidos dos materiais?

Graziani: Em torno de 30 a 45 dias antes do período eleitoral. Não é feito muito antes pois há toda uma burocracia para o candidato ter um CNPJ e também não pode ter uma divulgação com um tempo grande e é quando o candidato ou partido entra em contato com a gráfica para começar a produção do material. Até para manter a equidade dos candidatos, para aquele que é mais popular e conhecido não saia na frente de um candidato novo.

Há candidatos/partidos que pensam em algo diferente para seus impressos?

Graziani: Cada candidato tem algo que ele acha que dá certo para ele, desde tipo de fonte, tamanho, a posição da foto, a posição do número. A gráfica às vezes faz alguns ajustes finais na arte enviada pelo candidato ou partido, mas não a produção da arte como um todo.

O período eleitoral é bem corrido para as gráficas, porém o candidato/partido não é considerado um cliente da gráfica, já que é algo sazonal e a gráfica não tem como controlar, mas é um incremento que tem na produção e no faturamento.

Fonte: Desktop

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