Ninguém pode negar, com a demanda voltada para jobs de impressão de curtas tiragens, junto com a explosão recente de tecnologia de smartphones, tablets e e-readers, que o volume de impressões está em declínio.
Mas esse declínio em volumes, porém, não é uma evidência que "a impressão morreu", uma profecia muitas vezes presente na indústria gráfica.
O que é inegável é que impressores comerciais estão diante de condições extremas no mercado, com competição intensa de preços e o que muitos na indústria descrevem como sobrecarga.
Pesquisas recentes da Infotrends encontrou um declínio agudo no número de empresas de impressão comercial europeias desde 2000, enquanto que a indústria nos EUA segui uma tendência similar, enfatizada em um artigo on-line publicado pelo What They Think; no artigo, o estrategista financeiro Thomas J Williams falou sobre a queda de empresas de impressão americanas de 52.000 em 1997 para 27.000 hoje, e disse que as condições da indústria forçou quase todas essas empresas de impressão americanas a escolher entre dois caminhos.
Williams previu que, até 2020, a indústria gráfica americana terá diminuído ainda mais, e será dominada por um "oligopólio", no qual um número relativamente pequeno de empresas de impressão irão gerar a maior parte dos lucros.
Competidores não-tradicionais
Em outro lugar, o guru da impressão Frank Romano enfatizou outra tendência que impõe mais pressão ao setor. Ele notou que gráficas comerciais agora devem competir com empresas que operam fora de seus nichos, como impressores de jornais, por exemplo.
"Na gráfica que produz o New York Times, 3/4 do trabalho produzido em suas máquinas é trabalho comercial", ele disse.
Romano notou que a competição de preços é mais forte do que nunca e atribuiu parte da culpa disso nos compradores que "tendem a focar apenas no preço". Ele também notou que a competição de preçøs está começando a se introduzir na área de embalagem, um mercado na qual muitas gráficas comerciais começaram a se interessar, em uma aposta para aumentar seu crescimento.
"Se a tendência continuar, veremos a comoditização do segmento de embalagens, porque os impressores vão querer manter suas máquinas rodando", disse Frank Romano.
Abraçando novos mercados
Claro, o que profetas do "fim do impresso" não compreendem é que, enquanto empresas pararam de crescer ou faliram diante de condições de mercado e competição intensa, outras empresas não apenas sobreviveram mas estão prosperando.
Então, o que distingue essas empresas prósperas das outras?
De acordo com especialistas como Romano e Williams, o que separa os "vencedores" dos "perdedores" é a vontade que os líderes de negócios têm de abraçar novos mercados.
Eles argumentam que o universo gráfico está em transição, na qual muitas empresas buscam expandir sua gama de serviços ou se reposicionar como provedores de serviços de marketing.
Enquanto muitos concordam que há um forte argumento para a diversificação, muitas empresas encontram dificuldades para decidir em qual mercado se mover. A resposta para esse dilema é, claro, a mesma para qualquer mudança em estratégia de negócios: empresas devem assegurar que elas compreendem as necessidades de mercado e as necessidades de seus clientes atuais e potenciais.
Explorando áreas de crecimento potencial
Romano recomendou algumas áreas para os profissionais gráficos explorarem. Ao invés de focar puramente em setores mais tradicionais, há áreas menos convencionais em crescimento incluindo estamparia digital e impressão de segurança. Ele também enfatizou que muitos profissionais estão lucrando com serviços adicionais como serviços de marketing direto.
"Profissionais gráficos devem descobrir novos mercados em áreas nas quais eles nunca haviam considerado antes, incluindo estamparia digital ou impressão de hologramas com o uso de impressoras tradicionais que foram ligeiramente modificadas. Nós já vimos alguns desses profissionais procurando por esses novos mercados", ele disse.
Enquanto isso, pesquisa da Infotrends revela um número de nichos dentro do setor no qual os volumes estão crescendo, incluindo dados variáveis e web-to-print. A pesquisa também previu um crescimento "dramático" em volumes de impressão que têm origem on-line nos próximos dois anos.
Custo de entrada em novos setores
Obviamente, no clima econômico atual haverá muitas empresas alertas para o potencial da diversificação, mas que estarão relutantes em investir em novos caminhos durante um momento de muitas incertezas. Porém, há opções de baixo custo disponíveis em mercados em crescimento que profissionais devem ter a sabedoria de explorar. Por exemplo, há soluções web-to-print que oferecem capacidades de correio direto, gerenciamento de estoque integrado e outros recursos que custam tão pouco quanto R$ 1150 por mês. Softwares de personalização para impressão de dados variáveis estão disponíveis em diversos revendedores, com um custo a partir de cerca de R$ 32. 775. O custo de entrada em impressão de grandes formatos é baixo, se comparado com outros setores de impressão e não requer treinamento intensivo da equipe.
A solução que os profissionais gráficos irão escolher irá depender, claro, das necessidades do nicho-alvo. Porém, ao investir com sabedoria e ao responder às tendências de impressão, empresas podem provar que há muita, mas MUITA vida no universo da impressão.
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