Kornit Digital promove evento sobre os novos desafios da indústria têxtil

Os novos modelos de produção na indústria têxtil estão sendo muito discutidos, especialmente após os impactos sofridos nos últimos anos. Quais caminhos terão de ser trilhados e como conseguir conciliar uma produção enxuta, sustentável e lucrativa? Para tratar de alguns destes pontos, o Grupo Bloom e a Kornit Digital reuniram a imprensa para um encontro.

O evento contou com o novo presidente da Kornit nas Américas, Ilan Elad; Israel Kenan, GM Kornit Digital; e Felipe Sanchez, CEO do Grupo Bloom, além de parceiros de negócio da Kornit da América Latina e executivos da empresa. Esta foi a primeira vez que este evento, que tradicionalmente ocorre em Israel, foi promovido no Brasil.

Felipe Sanchez iniciou falando sobre a alegria do Brasil sediar o evento e receber parceiros de diferentes países. “Estamos trabalhando para mudar o paradigma da moda e transformar a indústria têxtil. Estamos compartilhando experiências de vários lugares do mundo para entender o que nossos amigos estão fazendo para ter sucesso, especialmente na América Latina”.

Ilan Elad falou dos desafios que vêm surgindo que vão gerar grandes oportunidades. Um dos pontos é a questão de produção local, mais próxima ao cliente final, que tem muito a ver com a mudança na cadeia de produção para aproximar o cliente da produção. Outro ponto é a sustentabilidade e, ainda, o custo de estoque: “Quanto dinheiro está no inventário? Com a alta taxa de juros, as pessoas que carregam de forma correta o inventário podem economizar muito dinheiro”.

“A produção sob demanda significa que, quando é necessário, produzimos. É uma oportunidade gigante para grandes indústrias, além de designers e influenciadores que podem fazer outsourcing. Estamos vendo isso por toda a América latina, e isso já acontece de forma clara nos Estados Unidos e na Europa. Os nossos parceiros que vieram aqui ao Brasil estão mostrando que é possível”, diz Ilan.

Sanchez relatou que, em sustentabilidade, o pensamento é ir além das tintas certificadas e base água - que são de grande importância também. Mas é atacar de frente a questão do que é produzido e não é vendido. A Kornit Digital possui a tecnologia “wet on wet”, “molhado sobre molhado”, uma tecnologia limpa que tira a necessidade de preparar o tecido anteriormente, fazendo todos os processos em uma passada só, rodando praticamente qualquer tipo de tecido.

O executivo destacou que a tecnologia vai além do software, é também mecânica e química, e a combinação desses elementos que fazem da tecnologia tão especial. Além da questão logística e de redução de desperdício, é possível, por exemplo, fazer efeitos 3D nas estampas, e a qualidade de reprodução segue avançando.

O empresário pode olhar para esta tecnologia pensando em sua operação, muito pressionada pelo fluxo de caixa, ainda mais com uma alta da taxa de juros. Então esse seria um momento propício para pensar em um modelo que evite produzir algo que não será vendido, olhando toda sua cadeia de suprimentos e pensando no que pode ser economizado dessa forma.

“A Kornit Digital tem o diferencial de acordar pensando em têxtil, é uma companhia que atua somente nesta área. Então todo pensamento é em têxtil, sua logística, na cadeia de suprimento, como conectar marcas com fulfillers. Então isso extravasa os limites tradicionais da indústria”, diz Felipe Sanchez.

Ilan disse ainda que há uma clara mudança no mundo fashion. Antes eram 4 estações no ano e se fazia uma coleção para um lançamento que aconteceria daqui a um ano. Agora, a moda não é mais definida pelos principais players, e sim pelos influenciadores. E não exatamente os mega famosos. São influenciadores com 10, 20 mil seguidores, e até crianças no YouTube. E as marcas precisarão responder a isso de forma rápida.

Um exemplo foi a Copa do Mundo. Imagine, logo após a vitória da Argentina, a quantidade de vestuário que já poderia ter ido ao ar. Agora, pensando o contrário: imagina no modelo tradicional produzir tudo isso e o resultado ser diferente, com uma derrota da Argentina. Tudo seria inutilizado. Em resumo, diz Ilan, quem conseguir responder de forma imediata a essa demanda, vai crescer, quem não conseguir vai sumir.

Para exemplificar o que é a produção inteligente e sob demanda, o Grupo Bloom e a Kornit fizeram uma parceria com a APS Eventos Corporativos e a FESPA para apresentar, na FESPA Digital Printing, a Eco Factory. O visitante verá, de 20 a 23 de março, como pode funcionar uma fábrica inteligente de produção industrial de camisetas sob demanda. Para acompanhar ao vivo, faça a sua credencial gratuita de visitante: www.fespadigitalprinting.com.br/visitar