Confira como foi a live sobre Diferenciação, com Edissa Furlan

Não ter medo de se diferenciar, tentar e errar até acertar, buscar o novo, pesquisar as melhores soluções estiverem entre os temas debatidos

Confira como foi a live sobre Diferenciação, com Edissa Furlan

Não ter medo de se diferenciar, tentar e errar até acertar, buscar o novo, pesquisar. A agradável conversa entre Alexandre Keese, diretor da FESPA Digital Printing, e Edissa Furlan, marketing de Artes Gráficas da HP, destacou esses tópicos e como a impressão digital colabora para alcançar a diferenciação.

Abaixo, confira o vídeo completo da entrevista e também trechos e frases de destaque da conversa. Para ver ao vivo todo O Poder da Impressão, visite a FESPA Digital Printing 2020, de 23 a 25 de setembro no Expo Center Norte, em São Paulo. Faça o seu cadastro gratuito para visitar a feira em: www.fespadigitalprinting.com.br/visitar

 

 

 A importância de ser criativo

Edissa Furlan fala da criatividade como fundamental. “Hoje mais do que nunca. Desde que entrei na área de grandes formatos, com os equipamentos que imprimem em substratos diferentes e oferece essa versatilidade de trabalhos, buscamos convidar os clientes à diferenciação”.

Para Edissa, “isso hoje está muito latente e é uma questão de sobrevivência em todos os mercados. Todos precisam se diferenciar e ser mais criativos. Estamos vendo uma reabertura gradual de comércio com exigência rígida de sinalização, espaçamento, isso abre um leque importante de aplicações que nossos clientes de Comunicação Visual vão poder atender”.

A HP lançou uma iniciativa chamada Printing Heroes, com histórias de empresários locais que estão fazendo diferente, atendendo o pequeno comércio, farmácia, supermercado, com adesivos de chão e outros itens. Há inclusive uma empresa brasileira na iniciativa.

A diversificação vai fazer a diferença, ressalta Edissa, como na área de decoração e com a venda online: “Todos tiveram que se adaptar ao online mais do que antes. Ficou tudo online. Então temos clientes com plataformas preparadas para o online que tiveram crescimento em suas atividades. E até cliente pequeno que colocou um post em mídia social que estava fazendo adesivo para comércio e recebeu vários pedidos”.

Para Alexandre Keese, há dois focos no novo processo: “Com as loja abrindo, há a primeira questão pensando em segurança, com a comunicação sendo fundamental, com sinalização na entrada e em áreas de contato, ou seja, uma sinalização mais técnica que será essencial. A segunda é a comunicação mais promocional, para chamar a atenção do cliente, seja uma fachada mais agressiva ou uma área de decoração”.

E a comunicação visual pode estar em todo lugar: no piso, elevador, teto, vidros, nas prateleiras e inclusive nos objetos, como uma geladeira, uma cafeteria, ou seja, no ambiente todo. “As novas exigências vão trazer volume de impressão. As comunicações de promoções virão com tudo e a criatividade faz toda a diferença”.

Testar, errar, se desafiar

Edissa diz que o brasileiro faz a diferença quando alia dificuldade e criatividade, que é onde a diversificação entra e os clientes estão se desafiando. “A gente precisa vender, pagar conta, ter equipamento que funcione, qualidade, é uma junção de fatores que estão nos tirando da zona de conforto e entrando em outro patamar de diversificação. E a tecnologia como motor de tudo”.

E quando falamos da junção tecnologia e criatividade, é fundamental lembrar que não existe mais o “tinta no papel”, agora é “tinta em qualquer coisa”: papel, vidro, lona, madeira, tecido, vinil e uma infinidade de mídias. E mais: uma foto sua pode virar um adesivo de geladeira, uma almofada, uma bolsa.

“Quando o designer entender o potencial da impressão digital, esse mundo vai mudar”, diz Edissa, “porque assim é possível pensar o processo do início ao fim. É se desafiar: como eu faço um abajur? É tentativa e erro, comprar os materiais, testar, errar, até acertar. Por isso esse momento é único. Apesar das dificuldades, é tempo de experimentar”.

Interatividade

Alexandre Keese ressalta que, além de todas essas possibilidades, surge mais uma: o impresso interativo, com o uso de QR Codes e realidade aumentada. Assim, o material tem uma informação complementar. É uma tecnologia acessível, pois o QR Code pode ser ativo basicamente em qualquer celular. Já na realidade aumentada em embalagens, há a demonstração do certificado de segurança, instruções, vídeos promocionais, etc.

A especialista da HP citou vários exemplos, como a empresa que vende papel de parede interativo, em que cada imagem ao ter o celular aproximado, abre uma história; as paredes imantadas, que pode-se por e tirar peças, que faz com que todos fiquem pensando como aquilo foi feito - e é importante a união entre impressão, parceiro de mídia, designer.

“O impresso relevante nunca vai morrer”, reforça Edissa. “O que é relevante vai ter sempre seu papel. E aí está a criatividade. Há restaurantes colocando uma grande faixa com número de telefone de delivery. Nunca percebemos que precisávamos disso”.

Produtos e nichos

Para se diferenciar, é preciso entender que produto você vai oferecer. Vai precisar de mídias diferentes? “A gente brinca que a parte mais fácil é imprimir. Conceber, criar e finalizar são os desafios. Se você vai fazer um sofá, precisa ter um tapeceiro bom, o mesmo em envelopamento, decoração”.

Há muitos produtos usando o princípio de envelopamento para decoração. Há espelhos de tomada, eletrodomésticos; Edissa dá a dica: faça esses impressos e leve esses conceitos para a sua empresa, pois quando seus clientes te visitarem, verão tudo que é possível. Faça também fotos e vídeos, divulgue nas redes sociais, para ajudar a materializar as possibilidades.

Em papel de parede, você tem na customização praticamente zero desperdício e tem escala. Em parcerias com designers e arquitetos, podem ser criadas linhas de produtos com a sua assinatura para venda. E unir opções: em um quarto de criança, pode-se oferecer também uma almofada impressa. E tudo sob demanda.

“Você pode ter sua oferta em seu site, mostrar essas possibilidades e trabalhar no offline de forma mais pessoal desenvolvendo esses projetos”. E vai além do residencial: há a decoração de restaurante, escola, hotéis, maternidades - essa com um envelopamento para tornar um ambiente leve, saudável, agregando muito ao espaço.

“A impressão com conteúdo e criatividade será sempre relevante”, resume Edissa. “Quando a gente fala com quem está fazendo o diferente, eles foram por esse caminho. Testar, ter trabalho, suar. Você vai se desafiar e o melhor momento é agora. O novo está diante da gente”. Edissa conta que a HP está sempre fazendo testes com os clientes, vendo novas mídias, testando muito a versatilidade, buscando extrapolar os limites.

Atenção às novas demandas

Edissa dá uma dica fundamental: “Nesse processo de retomada, estude as normas de segurança porque isso será lei, as empresas e comércios precisarão se adaptar e precisarão do impresso para poder abrir e ter minimamente as condições para poder ofertar.

Alexandre Keese dá a dica de ficar atento a outros países que já abriram as portas e ver quais práticas estão sendo adotadas, quais exemplos sejam criativos ou técnicos. “Não vou esperar chegar, vou me antecipar às informações para saber como será, qual o material como vou colocar”.

E, nesse momento, é importante uma união. “Quando você compartilha conhecimento, você não fica sem ele, você só agrega. Estamos compartilhando práticas e engrandecendo todo mundo, deixando a competição de lado. As histórias são muito parecidas em todo o mundo. Muitas vezes uma pequena empresa do exterior tem uma ideia incrível e compartilha com todos”.

Sustentabilidade

Ao produzir materiais diferenciados e sob demanda, entra a questão da sustentabilidade, por não ter desperdícios.

“Na demanda reprimida, ela virá aos poucos. Você terá muitos pedidos em poucas unidades. Esse vai ser o caminho logo que a gente sair desse momento. Entregar mais vezes e em tiragens menores. E a cadeia precisa estar preparada: quem produz tinta, mídia, todos precisam estar preparados”.

Nos negócios, é preciso repensar o fluxo, juntando trabalhos, explorando materiais, diminuindo desperdício, olhando o que pode ser feito com as sobras. É uma produção mais racional, sem desperdício.

Edissa citou a importância de se ajudar, mesmo entre concorrentes, unindo expertises. Keese concorda: “Teremos uma grande empresa com uma demanda contínua que não vai aparecer logo de cara, e temos o pequeno que vai estar buscando muita coisa fragmentada, que o grande não consegue chegar. E nessa parceria o pequeno vai atender até uma parte e terceirizar através de um parceiro, fazendo a engrenagem girar com um todo”.

Edissa dá o recado final: “A tecnologia permite a criatividade. Se desafiem, desafiem seus fornecedores de equipamentos, desafiem seus fornecedores de mídias, desafiem suas agências, muitas vezes elas não sabem o potencial do impresso”.

17 a 20 de Março de 2025
Segunda a quinta-feira das 13h às 20h
Pavilhão Azul do Expo Center Norte
São Paulo, SP - Brasil