A impressão digital de rótulos avança no mundo e também no Brasil. Há diferentes modelos de impressão, seja na impressão híbrida, que combina flexo com digital pensando em altas produções, seja na totalmente digital com alta capacidade de produção, seja no digital focado na produção mais personalizada e até as impressoras “de mesa”, pensando na personalização ao máximo.
Pensando nas convertedoras, as capacidades vêm sendo úteis para empresas de diferentes portes. Para as menores, uma oportunidade de produzir pequenas tiragens e impressões personalizadas a pequenos produtores; já para convertedoras de maior porte, vem sendo usada nas provas e prototipagem, economizando tempo e recursos.
Para entender mais sobre o panorama da impressão digital no país, conversamos com Danilo Ribeiro, gestor de marketing e produto da Mimaki no Brasil, empresa japonesa que possui grande estrutura no país, atendendo não só rótulos como os mercados de comunicação visual e têxtil com soluções inkjet.
- Qual solução a Mimaki está focando para levar aos convertedores brasileiros? Quais são suas principais características?
Temos o entendimento que diversos produtos do portfólio podem atender aos convertedores nacionais, desde as maiores empresas até as menores. A escolha do equipamento se baseia principalmente no perfil de substratos a serem impressos. Porém o equipamento que mais estamos dando atenção e foco, para essa linha de aplicações, é a UCJV300-75.
Trata-se de um equipamento de impressão digital, por jato de tinta, com uso de tinta UV e secagem com uso de lâmpadas LED. Ou seja, trata-se de uma característica de secagem imediata da tinta, permitindo posterior trabalho de acabamento em corte.
Trata-se de um equipamento que pode operar com uso de 6 cores, sendo CMYK, Branco e verniz. As duas cores especiais permitem aumentar o valor agregado e as aplicações para os convertedores oferecerem aos seus clientes.
- Quais são os mercados que os rótulos produzidos pela impressão Mimaki atendem?
Como trata-se de um equipamento com impressão UV, basicamente ela permite flexibilidade de impressão em diversos substratos diferentes, tais como papel couchê, BOPP (branco, transparente e metalizado), Poliéster, vinil, tecidos, bem como policarbonato cristal e texturizado.
Nesse sentido, abre-se uma abrangência de mercados que pode-se usar o equipamento, como Cosméticos, Alimentício (cervejas artesanais, por exemplo), químico, promocional e qualquer mercado que necessita a aplicação de auto-adesivo. Vale ressaltar a possibilidade de impressão de peças aos mercados de eletroeletrônicos e outros que demandem especificações técnicas.
- No caso das pequenas e médias convertedoras, como elas vêm utilizando a tecnologia?
Em rótulos e embalagens, há uma grande tendência a customização de produtos. Trata-se de uma vertente mundial, na qual o consumidor busca por itens de maior personalização e com fabricações mais artesanais. É o caso de geléias e cervejas artesanais, Ou seja, o equipamento permite produção de micro lotes de etiquetas e rótulos adesivos, normalmente não produzidos por empresas que utilizam processos convencionais de produção, como a flexografia.
- E no caso das convertedoras de porte maior, como a impressora Mimaki é útil?
No caso das grandes convertedoras, é possível o uso do equipamento para a geração de amostras para posterior produção em flexografia. Além disso, permite maior flexibilização de processos e produtos. Por exemplo, uma empresa 100% flexografia pode ter uma célula de impressão em policarbonato para pequenas tiragens, ou mesmo ter uma célula para atender às pequenas tiragens.
- Como a Mimaki enxerga presente e futuro da impressão digital de rótulos?
Visualizamos que o mercado e os convertedores terão que se adaptar às novas necessidades de menores lotes de produção. A customização e produções de produtos artesanais estão cada vez em maior relevância e ganhando mercado. Dessa forma, entendemos que a digitalização das produções é algo impossível de não acontecer, complementando os processos convencionais. Entendemos, ainda, que a qualidade e a disponibilidade de cores especiais deve ser uma tendência, bem como a criação de formas de impressão com relevos, como é possível ser feito nas impressoras UVs planas.
- Qual a estrutura da Mimaki atualmente no Brasil?
A Mimaki é uma empresa japonesa, de atuação global, fabricante de soluções de impressão a jato de tinta, através de equipamentos, tintas e softwares. No Brasil, a está operando desde 2009 com unidades de negócios em São Paulo (SP), Blumenau (SC), Recife (PE) e Belo Horizonte MG), bem como através de seus canais de distribuição, que atuam em todo território nacional. A empresa tem foco no desenvolvimento, venda e suporte técnico e operacional de seus equipamentos.