O Núcleo de Pesquisa Boas Impressões divulgou na última quarta-feira a sua primeira Pesquisa Perfil dos Brindeiros do Brasil, focada em buscar entender mais sobre o setor de impressão de brindes. Os números foram muito interessantes e mostraram um setor atrativo e em crescimento, mas que necessita de mais atenção. O evento ocorreu online pela plataforma APS Now.
O evento contou com a participação de Paulo Addair, do Paponet; o time do Núcleo Boas Impressões composto por João Leodônio, Robson Xavier e o professor José Pires; Altair Junior, do Grupo Brindeiros, que foi essencial para a divulgação dos questionários entre os brindeiros; e Tiago Silva, especialista da Epson do Brasil nesta área, que patrocinou o evento.
A primeira rodada da Pesquisa Perfil dos Brindeiros do Brasil 2021 teve como objetivo traçar o perfil do empreendedor do ramo de brindes no país. A pesquisa foi exploratória utilizando uma plataforma desenvolvida para o Núcleo de Pesquisa do Boas Impressões, onde os empreendedores ponderam acessar de forma anônima e responder as perguntas do questionário.
Brindeiros de todos os estados do Brasil responderam a pesquisa, com a seguinte separação por região:
52% Sudeste
22% Sul
17% Nordeste
8% Centro-Oeste
3% norte
O mercado é mercado basicamente de empreendedores individuais, com 96% das empresas com até 5 funcionários.
Em tecnologia, a divisão foi:
34% Sublimação
34% Transfer laser
9% Serigrafia
13% Todas
Em execução do trabalho:
63% faz tudo internamente
36% terceiriza alguma coisa
1% terceiriza tudo
Em como trabalha, um resultado interessante: 40% faz dupla jornada, ou seja, o brinde é apenas um complemento, enquanto 60% hoje é exclusivamente brindeiro. E como eles se comportam profissionalmente:
63% MEI
22% Informalidade
15% Simples Nacional
2% Ltda.
João Leodônio percebe algo interessante: mesmo com 40% em dupla jornada, 63% é MEI, ou seja, muitos já buscaram o caminho da formalidade, o que é um bom sinalizador.
Em faturamento médio mensal:
61% até 5 mil reais mensais
21% de 5 mil a 10 mil reais mensais
17% Acima de 10 mil reais mensais
Indo para a execução do trabalho, mais da metade diz que controle de cor e desenvolvimento da arte, porém a maioria não usa um software de controle do trabalho e da empresa. Em canais de venda, as redes sociais lideram, seguido por etiquetas no produto e loja física. E em redes sociais, pela ordem, WhatsApp, Instagram e Facebook, são os mais usados.
O resultado completo da pesquisa está disponível aqui: https://pesquisas.boasimpressoes.com/
Considerações
Os participantes fizeram comentários sobre o que notaram na pesquisa. Tiago Silva, da Epson, falou que a EcoTank está comercializando seis mil máquinas por mies para esse nicho de mercado, em que pessoas buscam uma alternativa para sublimação. Ele relatou que muitas das pessoas estão trabalhando dentro de suas casas.
Ela relata que a vantagem do equipamento F170 A4 é que ele já está convertido para atender o mercado de sublimação, com as tintas originais para sublimação da Epson, 100% originais, certificadas e homologadas. Isso dá uma garantia para o profissional que adquire o equipamento tenha todo o suporte em caso de defeitos. Para o especialista, o investimento na impressora e também nas prensas pode ser recuperado em poucos meses e a tendência é o crescimento constante, especialmente em momentos específicos, como o Dia dos Pais.
O professor José Pires destaca: “O crescimento do setor vai acontecer porque estamos passando por um momento de mudança nas relações de trabalho, e esta pode ser a saída de muita gente. Teremos mais empreendedores. Assim, é importante que se tenha conhecimento. E eles estão precisando de ajuda, por isso esse mercado tem que ser acompanhado. O Brasil tem forte tendência de empreendedorismo”.
João Leodonio: “Acompanho o brindeiro e o que percebo é que o mercado é carente de apoio financeiro, pois ele precisa ter uma reserva. Normalmente ele entra com uma rescisão trabalhista, ou paga no boleto, cartão, mas há pouco financiamento. Um fomento pode inclusive fazer com que o profissional invista em mais controle”.
Robson Xavier destaca a parte técnico: “Estamos vendo erros comuns pela falta de informação, como o uso de imagem com resolução ruim para impressão. É importante testar os suprimentos e mídias que utiliza. São erros que poderiam ser evitados se a pressa não fizesse pular etapas. Seria muito interessante a criação de um roteiro passo a passo, regras, para elevar o nível de qualidade, para não ter cliente insatisfeito, retrabalho, especialmente quando o empreendedor está começando”.
Altair Junior também destaca que este é um grande mercado com profissionais muito interessados em aprender, e há muitas oportunidades para quem deseja ingressar no setor.
Veja o vídeo da divulgação da Pesquisa: