Projeto social insere jovens na comunicação visual  

Buscar um futuro melhor por meio da comunicação visual para jovens carentes é um dos principais objetivos do Projeto Comunicação Visual de Portas Abertas

Projeto social insere jovens na comunicação visual   

Buscar um futuro melhor por meio da comunicação visual para jovens carentes é um dos principais objetivos do Projeto Comunicação Visual de Portas Abertas. A iniciativa é liderada por Paolla Crestani, que fundou também a ABCV e o projeto CVUnida para transmitir conceitos relevantes sobre a comunicação visual.

Para entender mais sobre este projeto, sobre o compartilhamento de informações positivas e sobre a união do setor em um bem comum, conversamos com Paolla, que é também nossa FESPA Expert 2025

Então, se você quer falar com a Paolla Crestani pessoalmente, visite a FESPA Digital Printing de 17 a 20 de março de 2025 em São Paulo. Faça sua inscrição aqui: www.fespabrasil.com.br/pt/visite

Enquanto isso, confira a entrevista:

 


- O que é o Projeto Comunicação Visual de Portas Abertas?

O projeto envolve ensinar jovens - o que é Comunicação Visual - e nada melhor do que estar dentro de uma empresa de CV com a mão na massa. Nosso cronograma de ensino se divide em quatro etapas:

1) Mão na massa: vários setores operacionais: adesivação, montagem, pintura, operação de maquinário, modelação em 3D, designers e educação financeira;

2) Poder da meritocracia: jovens em situação de vulnerabilidade social escolhem um empreendedor, inserido em sua comunidade local, para construção e instalação de uma fachada, por meio da doação de insumos (ACM, ferragens);

3) Educação financeira, precificação e gestão: nesse processo, ensinamos que tudo tem uma etapa;

4) Fechamento do processo e feedback individual dos jovens: oportunidade de constatar o projeto e fazer balanço das atividades executadas.

Como nossa Escola de Comunicação Visual está em fase de construção, a ABCV vem desenvolvendo o projeto Comunicação Visual de Portas Abertas, a fim de possibilitar o primeiro contato dos adolescentes e jovens com o setor de CV.

A regra é mostrar as possibilidades de exercer uma atividade remunerada, incentivar a busca pelo seu desenvolvimento pessoal e profissional e estimular os estudos e empregabilidade.

 


- Como foi o feedback dos primeiros alunos do projeto?

Extremamente positivo! Os olhos brilhando, o interesse em aprender uma profissão e a expectativa de um futuro diferente daquele até então espelhado na comunidade em que estão inseridos.

Foi de grande valia e muito enriquecedor, sob os aspectos profissional e humano, ouvir jovens em situação de vulnerabilidade social, mostrar-lhes oportunidade de atividades profissionais variadas, como operador de impressora 3D, adesivador, projetista, empreendedor e executar, em conjunto, a construção de uma fachada.


- O que pode ser feito pelo setor para atrair e reter mão de obra qualificada para o nosso mercado?

A palavra-chave é educação. Toda minha trajetória profissional, como empresária do ramo e criadora do perfil CVUnida (rede social que mantenho há 2 anos e utilizo como diálogo direto com empreendedores do Brasil e outros países), indica a necessidade de capacitar e qualificar os colaboradores, ao aperfeiçoamento de suas atividades e, também, os empreendedores, para desenvolvimento de suas habilidades de gestão financeira e recrutamento.


- O quão importante uma feira como a FESPA Digital Printing é para o nosso mercado?

É a grande oportunidade de reunir os melhores profissionais dos ramos da impressão e comunicação visual para troca de experiências, observação de tendências do mercado, network do mais alto nível e se manter competitivo e atualizado.

Estou animada para me conectar a fabricantes, fornecedores e líderes da indústria, que impulsionam o crescimento e a inovação do setor. É uma realização profissional e pessoal o convite de atuar como Expert da FESPA, oportunidade em que poderei transmitir minha experiência de 16 anos como empresária de Comunicação Visual, CEO do Grupo InMarket, fundadora da CVUnida e presidente da Associação Brasileira de Comunicação Visual.

 


- Como mostrar ao jovem as oportunidades profissionais existentes na comunicação visual e como os agentes do setor (empresas, entidades, influenciadores, etc) podem ajudar a trazer estes jovens?

Cientes das dificuldades de ingressar no mercado de trabalho, de ter uma oportunidade, aprender um ofício, poder se qualificar e conhecer novas profissões, a ABCV permite a aproximação de adolescentes/jovens com o ramo da CV.

Sabemos que uma das maiores dores do setor de CV, hoje, é a ausência de mão de obra qualificada para suprir as demandas. Com nossa futura Escola de Comunicação Visual, almejamos conseguir formar novas gerações de profissionais e movimentar a indústria.

Empresas, de todos os ramos de atuação, estão convidadas a conhecer nossa cultura e a apoiar a Escola de Comunicação Social. Vamos, juntos, construir uma sociedade solidária, contribuir para o desenvolvimento pessoal e profissional de jovens em situação de vulnerabilidade e fomentar a Comunicação Visual. Seja um apoiador desse projeto.


- O que é a ABCV e por que ela foi criada?

A semente do sonho da primeira associação voltada para Comunicação Visual está plantada há muito tempo em meu coração. Neste ano, conseguimos que ela germinasse. Comemoramos agora, em 8 de novembro, a inscrição da ABCV no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas, concluindo, assim, os trâmites burocráticos de sua fundação.

A Associação Brasileira de Comunicação Visual é uma Organização da Sociedade Civil (OSC), que nasceu como Associação Privada, sem fins lucrativos, com a intenção de defender o ramo de atividade de Comunicação Visual, fortalecendo a categoria, ganhando ainda mais credibilidade e importância social ao buscar pela finalidade de relevância pública de inserção de jovens no mercado de trabalho, por meio da capacitação profissional e do aprendizado prático em empresas, visando ao desenvolvimento pessoal e profissional.

Assim, estamos fundando a Escola de Comunicação Visual, cuja missão é capacitar e qualificar, com excelência e gratuitamente, jovens em situação de vulnerabilidade social para todos os ramos da CV, divididos nos três grandes setores: operacional, tático e estratégico.

 

- Quem pode fazer parte do movimento?

O foco da ABCV é na parte social. Acreditamos que a nova geração de colaboradores e empreendedores de CV precisa conhecer nosso setor, aprender sobre seu funcionamento, possibilidades de atuação, crescimento e qualificação.

Pela minha experiência no ramo, vislumbro uma falha na gestão de pessoas e treinamentos. Inexistia, até então, uma Escola, onde seja fornecida, gratuitamente, formação profissional das várias frentes que englobam a Comunicação Visual.

Nesse contexto, a ABCV nasce com a função de formar mão de obra especializada. Buscamos parceiros para a caminhada conjunta, a fim de investir nesse projeto.

A ABCV terá um banco de vagas treinado de todos os setores e o adolescente/jovem passará por curso de gestão e saúde financeira. Acredito que essa é a solução para escalar nosso setor de Comunicação Visual e fomentar a indústria, com o crescimento de novas empresas.

- Como é o desafio de levar boas informações aos profissionais de comunicação visual? Qual a principal barreira nesse sentido?

Durante dois anos de live e após visitas a empresas em outros Estados, entendi que o ramo é bastante desunido e esse foi meu maior desafio. Com essa visão que o setor tem, levei algum tempo para conseguir quebrar essa barreira. O perfil CVUNIDA foi criado para que uníssemos nosso setor e os atraísse para uma nova linguagem.

Hoje, os seguidores da CVUNIDA entendem o poder do network, que é extremamente necessário entender de gestão de pessoas e sair da operação do seu negócio. Romper com esse sistema de muitos anos "precificação por metro quadrado" e "modo EUpresa" me levou muito tempo, mas, hoje, percebo que isso está mudando.

Sou muito motivada a levar conhecimento e trocar experiências. Mantenho um diálogo ativo com jovens e experientes empreendedores, a fim de educar o ramo e tento ser o mais transparente possível. Falo das minhas dificuldades iniciais, os percursos que me levaram a ser consolidada no mercado de Comunicação Visual, onde errei, como saí do operacional para me dedicar à parte estratégica, de que modo investi meu tempo e dinheiro em me especializar numa área, entre outras coisas.

Com muito network com donos de supermercados, entendi que nosso ramo deve ser tão unido quanto o ramo deles. Vejo, cada vez mais, o setor supermercadista crescendo cada vez mais, com suas associações e união. Daí veio minha estratégia de educar e unir o setor.

17 a 20 de Março de 2025
Segunda a quinta-feira das 13h às 20h
Pavilhão Azul do Expo Center Norte
São Paulo, SP - Brasil