Sublimação é tema central do primeiro dia da Rodada de Inovação Epson & FESPA Brasil 2ª Edição

Sublimação, tanto para o setor de brindes como na estamparia digital, foi o principal tópico do primeiro dia da Rodada de Inovação Epson & FESPA Brasil 2ª Edição

Sublimação é tema central do primeiro dia da Rodada de Inovação Epson & FESPA Brasil 2ª Edição

A sublimação, tanto para o setor de brindes como na estamparia digital, foi o principal tópico do primeiro dia da Rodada de Inovação Epson & FESPA Brasil 2ª Edição, que reuniu um grande público na plataforma APS Now.

Os trabalhos foram abertos por Evelin Wanke, diretora de vendas da Epson no Brasil, que deu as boas vindas aos participantes e apresentou Fabio Neves, presidente da Epson no Brasil, que ressaltou a importância do evento e o que os participantes vão conferir durante os três dias da iniciativa.

Logo em seguida, teve início a palestra do primeiro convidado do evento: Fernando Pimentel, atual presidente da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil), que tratou do panorama e expectativas sobre o setor têxtil e de confecção.

Pimentel destacou dados dos últimos meses, ou seja, quando já se havia iniciado uma flexibilização das atividades. Houve um impacto de todo o cenário de produção, inclusive com o têxtil indo ajudar outros setores no combate à pandemia.

Quando se fala no têxtil como um todo, já é vista uma boa recuperação, com o setor de vestuário ainda sofrendo um pouco, especialmente a parte de vestuário mais social por conta da quarentena. A área de aluguel de roupas para festas, por exemplo, teve uma forte queda; por outro lado a parte de roupas de “conforto”, para ficar em casa, ganhou destaque.

A indústria seguiu gerando empregos e a exportação teve valor relevante. Em pesquisa da Abit de junho de 2021, por exemplo, 73% indicou que terá produção acima do nível esperado, contra 8% do mesmo período do ano passado; outro número que se destaca é o de investimento acima do planejado, com 40% esse ano contra apenas 6% do ano passado. Pimentel disse que o setor ainda está com os pés no chão, mas já otimista.

Pimental mostrou um mapa de calor mostrando que, em junho do ano passado, ao fazer perguntas para a indústria sobre itens como produção, vendas, emprego e investimento, apenas cerca de 7% davam respostas positivas; agora, em junho de 2021, já foram 100% de respostas positivas. Isso se dá, especialmente, com o avanço da vacinação.

Outra pesquisa, essa da ABVTEX, relacionou os meses de junho de 2019 e junho de 2021, ou seja, dados fora do início da pandemia, mostrou um desempenho positivo este ano tanto em lojas físicas como no e-commerce, com crescimento da receita de vendas. O presidente da Abit relata que há o que se recuperar em varejo, pela grande queda, mas já há melhora.

E quais são as expectativas? É ver o têxtil crescendo de 7 a 8% e voltar ao que havia sido conquistado em 2019. O vestuário também deve crescer, mas em ritmo menor. Os números podem melhorar em caso de aprovação de reformas importantes para o país.

Há alguns desafios para os próximos 12 meses, como o fato de nem todos ainda estarem vacinados, a crise hídrica que pode impactar os custos de produção, a alta taxa de desemprego e a inflação acima do centro da meta, além do conhecido Custo Brasil, ponto em que a Abit em parceria com outras entidades atua fortemente para comparar o custo de operar no Brasil com o de outros países e o que pode ser feito para evitar distorções.

Outro ponto relatado foi o Estudo da Cadeia Global de Valor, a Global Fashion Agenda, com oito pilares que norteiam a agenda de trabalho para levar o melhor aos associados. Os pilares são: Rastreabilidade da cadeia de fornecimento, combater mudanças climáticas, composição sustentável de materiais, sistemas de moda circular, uso eficiente de insumos como água energia química, ambientes de trabalho seguros e respeitosos, promoção de melhorias de melhores salários e quarta revolução industrial.

“Chegamos até aqui superando momentos complexos, estamos caminhando em uma perspectiva até mais positiva, nossa indústria está entre as cinco melhores do mundo, temos agenda, temos projetos. É uma indústria produtora e consumidora, e uma indústria integrada ao mundo com bons acordos, que continuam a gerar valor através da sua ação internacional e não só local, o que também é muito relevante”, finalizou o presidente da Abit.

Soluções para sublimação

Tiago Silva, gerente de produtos da Epson, destacou a força da companhia, com US$ 10 bilhões em vendas globais anuais e mais de 70 mil colaboradores pelo mundo. Na linha de sublimação têxtil, hoje a cada 10 empresas 7 têm a Epson como fornecedor.

O primeiro centro de soluções têxteis da América da Epson está no Brasil e, em uma área de 200 metros quadrados, poderia produzir até 200 mil metros de tecido e mais de 20 mil camisetas por mês.

Silva destacou os equipamentos para sublimação de brindes. A primeira impressora foi a F170, menor formato A4 do Brasil para imprimir brindes, com recurso wi-fi e vindo de fábrica com quatro garrafas de tinta certificada para sublimação, podendo ser usada em itens para adultos, crianças e bebês. O material pode fazer canecas, cases de celular meias, almofadas, mouse pads, chaveiros e outros itens sublimados.

Outro equipamento foi o F570, versão maior, mas ainda para quem atua no mercado de brindes. Ela possui cabeça de impressão Precision Core, wi-fi, painel touchscreen e tranque de 140ml de tinta. É usada nas canecas e em agendas, mouse pad, bolas, produtos para o mercado pet e mais.

A Epson apresentou o case do canal do YouTube Mario e Marias, com Matheus Cosso, que possui mais de 10 anos na área e com a nova tecnologia e a tinta oficial Epson conseguiu aprimorar sua produção. Matheus adquiriu as duas, F170 e F570, e assim aumentou o poder e velocidade de impressão. Segundo ele, a F170 é usada para canecas em pequenas demandas e a F570 para demandas maiores. A tinta original Epson trouxe maior padronização de cor, com cores vivas e corretas, e que deseja levar a F170 para eventos no pós-pandemia para personalizar produtos na hora.

O especialista Epson trouxe também as capacidades da Epson F571, que consegue trabalhar com rolo ou folha solta, e tem como diferencial as tintas fluor, trocando o amarelo e magenta normais pelas cores mais fortes, que dão um efeito diferente sob a luz negra.

As tintas especiais neon são muito bem usadas em brindes para festas, com almofadas, presentes e muito mais. A Epson tem até aplicativo para saber o que foi usado em tinta no papel para saber cobrar corretamente no cliente final.

No caso da F6370, é uma impressora mais focada em têxtil, mas que, claro, também na sublimação pode atingir outros mercados. Ela possui 1,1m em rolo, com alta produtividade, produzindo e rebobinando ao mesmo tempo.

Tiago relatou que há clientes que trabalham só com uniforme, como para times de futebol e ciclismo. É também sucesso de vendas para sublimação em peças de alumínio, sendo necessário um papel diferenciado, mas conseguindo atingir este importante setor de imagens especiais.

Já a F4970H possui seis cores, sendo CMYK e duas cores adicionais, amarelo neon e magenta fluor, para um maior gamut de cores. Também é muito usada em camisas de futebol e e-sport, além do segmento de moda como cetim e na decoração, com aplicação em cortina e outros.

Case

O caso de sucesso foi com Victor Knob, proprietário da Cota40 Estamparia, de Santa Cruz (RS). Começou há quatro anos com transfer em camiseta, depois materiais rígidos e então serigrafia. No início de 2021, em meio à pandemia, decidiu aumentar a capacidade e adquiriu a F6370.

A ideia inicial era produzir tirantes para canecas de alumínio, especialmente para terceiros. A surpresa foi a necessidade de mudar a rota, pela alta demanda de outros produtos que o equipamento trouxe, como uniformes esportivos, até para turmas de carros rebaixados, com roupas dry-fit, além de bermudas de tactel.


Têxtil Industrial e DTG

Fabio Tolosa, gerente de produtos da Epson, falou da linha DTG (direct to garment, ou seja, impressão direta no vestuário) e DTF (direct do fabrico, ou direto no tecido). O primeiro modelo citado foi a Epson SureColor F10070.

Com quatro cabeças de impressão Precision Core Micro FTP, o equipamento de chega a 255 m2/h em moda e 148m2/h em esportivo. Possui um novo secador de alta eficiência e câmera no carro de impressão visando o ajuste automático do papel, trazendo eficiência de produção.

Tolosa falou da Epson Monna Lisa 8000, modelo de entrada para o mercado DTF. A máquina possui oito cabeças de impressão e tem velocidade de 155m2/h.

A linha DTG da Epson, com os modelos F2100 e F3070, também são bem conhecidos. Elas podem imprimir em tecido escuro por conta da tinta branca e fazem a impressão no vestuário já pronto, sob demanda. Na impressão padrão, a F2100 imprime uma camiseta em 74 segundos, enquanto a F3070 faz em 45 segundos.

Os equipamentos possuem sistemas e limpeza automática e diversos sistemas para monitoramento completo do equipamento e da produção, com relatórios completos tanto desktop como mobile.

Case

Na linha DTG a Epson apresentou o case da Reserva. INK, com seu proprietário Arturo Edo. A empresa oferece todo o estoque, operação, impressão e logística para ajudar pessoas que querem montar sua marca de camisetas a entrar no mercado com mais facilidade.

A empresa tinha um parque com uma série de impressoras F2000 e agora está com a nova linha F3070, com aumento da produtividade, com maior rapidez e custo de tinta menor, aprimorando a escala de produção. A ideia agora é oferecer mais produtos além da camiseta, além de seguir ampliando o parque de impressão direta no vestuário.

Para finalizar o evento, o time comercial da Epson, com Luciara Souza, Adriana Rinaldi e Amaro Netto, fizeram um overview do evento e falaram das condições especiais para os equipamentos.

17 a 20 de Março de 2025
Segunda a quinta-feira das 13h às 20h
Pavilhão Azul do Expo Center Norte
São Paulo, SP - Brasil